ABSTRACT Introduction: People with chronic respiratory diseases, asthma included, may be at increased risk for severe COVID-19. However, published studies so far have reported inconsistent results regarding the prevalence of asthma. Objective: The aim of this study was to characterize hospitalized patients with SARS-CoV-2 infection. Methods: Retrospective observational study with analysis of hospitalized patients between March 1st and June 30rd. Results: This study included 237 patients, with asthma being reported in 16 patients (6,8%). Asthmatic patients tended to be younger (70 years vs 80 years, p=0.027) and to have less comorbidities (1 vs 2 p=0.014) compared with non-asthmatic patients. Regarding the therapeutic approach, asthmatic patients required more inhaled corticosteroid therapy as well hydroxychloroquine, but the ceiling of treatment was less stablished (50% vs 21.7%, p=0.027; 75% vs 48.9%, p=0.044; 6.3% vs 38%, p=0.011, respectively). The mortality rate was lower compared with that of non-asthmatic patients (12.5% vs 37.1%, p=0.047). The severity of asthma did not seem to influence analysed outcomes. Conclusion: In this study, asthma did not appear to contribute to the more severe COVID-19.
RESUMO Introdução: A doença respiratória crónica, onde se inclui a asma, tem sido apontada como potencial fator de risco para doença COVID-19 de maior gravidade. Contudo, estudos recentes têm reportado taxas variáveis de prevalência de asma. Objetivos: Caracterizar os doentes asmáticos internados com infeção por SARS-CoV-2. Métodos: Análise retrospetiva observacional dos doentes internados com COVID-19 no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho de 1 de março a 30 de junho. Resultados: Foram incluídos 237 doentes, dos quais 16 (6,8%) reportaram diagnóstico de asma. Comparativamente aos doentes não-asmáticos, os doentes com asma eram tendencialmente mais novos (70 anos vs 80 anos, p=0,027) tendo também menos comorbilidades (1 vs 2 p=0,014). Relativamente à abordagem terapêutica, os asmáticos tiveram maiores taxas de utilização de corticoterapia inalada, hidroxicloroquina e menor estabelecimento de teto terapêutico (respetivamente 50% vs 21,7%, p=0,027; 75% vs 48,9%, p=0,044; 6,3% vs 38%, p=0,011). A taxa de mortalidade foi inferior (12,5% vs 37,1%, p=0,047), comparativamente aos doentes não asmáticos. A gravidade da asma não influenciou nenhum dos outcomes analisados. Conclusão: Neste estudo, a asma não pareceu contribuir para doença COVID-19 de maior gravidade.